Conheça as práticas inclusivas do Oswald

 

Saiba por que nosso projeto educacional promove a inclusão, respeitando as individualidades e os interesses de todos os alunos.

A construção de uma escola para todos, na qual a diversidade pode ser considerada um ato pedagógico, implica o desafio de organizar o saber em relação às práticas cotidianas. Pensando em maneiras que possam oferecer oportunidade para que todos aprendam da mesma forma, mas respeitando a diversidade, o Colégio Oswald trabalha com práticas inclusivas

“Nossa ideia não é pensar em atender apenas alunos que acabam tendo um percurso muito singular, em diferentes tempos, estilos e modos de aprendizagem, mas pensarmos em práticas que possam oferecer oportunidade para todos aprenderem”, explica a Assessora de Práticas Inclusivas do Colégio Oswald e psicanalista, Nana Navarro.

Práticas inclusivas além das deficiências

Promover práticas educacionais inclusivas é uma das premissas do Oswald, com a proposta de garantir o acesso de alunos tradicionalmente excluídos por escolas regulares. Isso parte da nossa proposição política de considerar que todos podem aprender, respeitando os ritmos e modos de se relacionar com o saber. Procurando, ao longo de cada trajetória, romper a barreira de exclusão colocada a priori por diagnósticos e deficiências. 

Celina Yamauchi, mãe de Yuri Yamauchi, fala sobre suas experiências com a escola, “Nossa experiência foi a melhor possível. Entendemos que, simbolicamente, o fato da escola aceitar o Yuri, ainda que sem andar para a idade dele, foi importante para a inclusão, mas, acima de tudo, nos sentirmos acolhidos como uma família. Sentimos que, ao longo do tempo, a escola demonstra ter, de fato, um olhar sobre ele”. 

Essas práticas se desenvolveram após o aumento da demanda de alunos em situação de inclusão, nos últimos anos, acompanhando as questões pertinentes às novas legislações. No Oswald, a equipe de Práticas Inclusivas dialoga constantemente com a equipe pedagógica, pensando juntos novas formas de promover a aprendizagem.

“Pensamos nas expectativas de aprendizagem de cada aluno; então, muitas vezes alguns vão ter expectativas específicas, mas o conteúdo que trabalhamos é o mesmo. E, com isso, vão sendo ajustadas e avaliadas de acordo com necessidade de cada criança”, complementa Nana. 

Com a proposta de fazer com que os alunos estejam envolvidos em nosso projeto pedagógico, toda a equipe de profissionais participa da formação das crianças em situação de inclusão, de forma a promover um funcionamento coordenado do grupo, sempre observando tanto os aspectos emocionais quanto os aspectos pedagógicos. Para isso, investimos em espaços de reflexão, planejamento e formação constante da equipe. 

A principal expectativa é alcançar o aprendizado formal no máximo das capacidades do Yuri. É claro que entendemos que é muito difícil saber quais são esses limites e a medida desse máximo, mas, como se trata de uma jornada, é importante trabalharmos juntos para descobrir a melhor condução”, complementa Celina. 

Tudo para promover bons espaços de escuta para os professores, desvelando que não há uma técnica específica, mas sim uma implicação do professor para com o aluno de inclusão e sua integração com os profissionais, como complemento ao trabalho das práticas inclusivas.

“Nós procuramos desenvolver uma relação de confiança com a família, fazendo com que possam confiar que nós podemos atender e acompanhar o desenvolvimento do aluno. Queremos que a família aposte junto com a gente e acredite que a criança pode aprender”, finaliza Nana.

Ao promovermos as práticas inclusivas no contexto educacional, procuramos romper algo muito problematizado nesta área, em que toda dificuldade fica depositada nos sujeitos e na necessidade de a escola ter um profissional especializado.

A ideia é que o trabalho em equipe possa encontrar perguntas e promover a reflexão em conjunto, a fim de criar e recriar cotidianamente um ambiente melhor para cada aluno, respeitando suas individualidades e atentando a seus interesses. 

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