Jovens participam de rodas de conversa com refugiados nas aulas de Inglês
Em parceria com a ONG Abraço Cultural, estudantes da 2ª série do Ensino Médio participam de encontros com refugiados durante as aulas de Inglês para estudar fluxos migratórios e seus impactos sócio-políticos.
Durante as aulas de Inglês, alunos e alunas da 2ª série do Ensino Médio estudam os atuais fluxos migratórios e seus impactos sócio-políticos. Para aprofundar os estudos e discussões, o Oswald realiza, desde 2017, em parceria com a ONG Abraço Cultural, rodas de conversa e trocas com refugiados de diferentes países.
Nos encontros, que aconteceram no início de junho, a Coordenadora Pedagógica da ONG, Débora Oliveira, deu um breve panorama sobre a diferença dos conceitos de “imigrantes” e “refugiados”, enfatizando que o direito de imigração é um direito humano que sempre existiu e continuará existindo, além de contar sobre a importância do Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho, com intuito de conscientizar a sociedade sobre questões e diretos de pessoas refugiadas.
Em uma das rodas, conversaram com Mohamed Salti, professor do Abraço Cultural e refugiado sírio residente do Brasil há cinco anos, que compartilhou suas experiências com a turma. Mohamed comentou sobre sua trajetória de vinda ao Brasil, as motivações que o fizeram deixar seu país de origem, os conflitos na Síria e os impactos humanos que ele traz, além de responder questões levantadas por alunos e alunas.
Especialmente planejados, estes momentos oportunizam a comunicação genuína em língua inglesa, trocas culturais e reflexões sobre a questão da imigração por meio dos relatos pessoais e das trajetórias de vida dos refugiados.
Você conhece o Abraço Cultural?
Abraço Cultural é uma ONG fundada em 2015, em São Paulo, que oferece cursos de língua estrangeira (inglês, francês, árabe e espanhol) e cultura com professores imigrantes ou refugiados. Contam com uma equipe de aproximadamente 20 professores, de 11 diferentes nacionalidades. Os cursos de língua são ministrados a partir de uma visão intercultural, pós-colonial, não-hegemônica e voltada para o Sul Global, levando em consideração questões políticas, sociais e econômicas. Seus principais objetivos são promover a troca de experiências, a geração de renda e a valorização pessoal e cultural de refugiados residentes no Brasil. Ao mesmo tempo em que proporcionam o aprendizado de idiomas, buscam promover a quebra de barreiras e a vivência de aspectos culturais de outros países.