No Oswald, os jovens que buscam desenvolver habilidades de responsabilidade, compromisso e liderança podem se juntar ao Grêmio Cobra Corá, exercendo também sua cidadania e consciência política.
O Grêmio é uma entidade formada autonomamente pelos estudantes e visa propor diálogos entre os interesses dos alunos e alunas, direção e corpo pedagógico. As ações do Cobra Corá trazem impactos positivos não apenas para os seus membros como para toda a comunidade oswaldiana, por meio da organização de projetos culturais, sociais e esportivos.
Além disso, a representação estudantil é importante para a construção de uma escola democrática, em que os próprios estudantes comunicam ideias, sugestões e críticas à gestão da escola. A organização dos membros do Grêmio Cobra Corá é fundamental tanto para a criação como para a manutenção de espaços de debate e pensamento crítico para estudantes oswaldianos. Em uma entrevista, as atuais participantes do Grêmio Cobra Corá (Maitê Carneiro Antonascio, Gabriela Fonseca Rodriguez, Maria Fernanda Camargo Penteado, Vitória Souza Evangelista) falaram sobre os principais planos e ações para 2025. Confira:
O que motivou vocês a entrarem no Grêmio? E qual a importância dele na formação de vocês?
A gente se motivou muito para entrar no Grêmio porque nós queríamos algumas mudanças para a escola, por exemplo, abaixar o preço da cantina ou criar algumas atividades que a gente tem até hoje, como o interclasse, o cineclube e o intervalo musical. E, no primeiro dia, em 2023, quando soubemos que ia ter o Grêmio, já nos pronunciamos. Acho que foi isso, a gente se interessou em participar para tentar fazer alguma mudança, para ficar mais favorável para os alunos.
Como têm sido essa experiência?
A gente tem achado muito boa essa experiência do Grêmio: as reuniões, passar em sala, organizar os projetos, que particularmente é uma coisa que eu gosto muito, mas eu acho que as meninas também gostam, que é essa parte de organização, de organizar as coisas. A gente tenta fazer para divertir os alunos, para a gente ter alguma coisa nossa, e aí eu acho muito legal essa parte de organizar, de saber quem que vai e como vai funcionar. Eu acho que essa é a parte mais legal de participar e, também, de passar nas salas e se conectar com quem tá interessado em participar do Grêmio.
Em 2024, foi criado o Cineclube do Grêmio. Vocês saberiam dizer como surgiu essa ideia? Quais são os planos para esse projeto em 2025? O Cineclube abordará quais temáticas?
O Cine Clube surgiu quando o Grêmio queria ter um projeto nosso, para divertir os alunos, mas também conscientizar ao mesmo tempo.
Para o Cine Clube desse ano, a gente está pensando em fazer todos os meses um filme diferente para diversão, mas também para a gente ter nossas pautas importantes que precisam ser discutidas. As pessoas podem ir, também, de acordo com a faixa etária.
Existe algum vínculo entre o Cineclube e as matérias aprendidas em sala de aula? Com quais matérias? Para vocês, qual a importância desse contato com a cultura e as artes no âmbito escolar?
Bom, a gente não tem nada realmente definido de colocar algumas matérias em discussão no Cineclube, mas uma das ideias do Grêmio é a gente passar para o 9º ano o filme da Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui” (2024). Como nesse ano nós vamos estudar sobre Ditadura Militar no Brasil, é muito legal saber sobre esse tema de maneira mais aprofundada por meio de um filme e discutir sobre isso depois.
E também a gente pensou em passar um filme que – em 2023, se não me engano – algumas ex-alunas fizeram com alguns alunos do Oswald. É uma ideia passar esse filme principalmente porque a gente conhece as atrizes e a gente tem contato com as diretoras.
Quais são os projetos do Grêmio Cobra Corá para 2025?
Um dos nossos novos projetos, que não são tão novos assim, é o intervalo musical, que ocorreu em 2023, mas isso é um projeto que a gente está tentando voltar e é muito legal. É uma apresentação no intervalo, caso você se interesse por música e queira se apresentar ou tocar alguma coisa.
Outro dos nossos projetos é aumentar a frequência da interclasse, colocando vôlei, futebol, que já têm, e possivelmente adicionar o basquete e queimada.
E aí, a gente está com dois projetos novos que a gente vai começar a dar início esse ano, né? Um deles são as entrevistas, com alunos do Oswald e professores também, dependendo do caso, para saber o que eles estão achando do Grêmio, da escola, se eles têm pauta e sugestões. Além de perguntas mais “genéricas”, como: “O que você achou da proibição do celular?”, “O que você está achando das matérias?”, “Gostou dos professores novos”; para a gente conhecer mais os estudantes que a gente está representando.
Também tem o Coletivo Feminista que a Coordenadora Vivian tentou criar ano passado com 8º e 9º ano, porque ela queria que as alunas levassem mais pra frente o coletivo e acabou não rolando. E nós pensamos em começar porque as ativas [do Grêmio] agora são mulheres, então, a gente queria ter uma representatividade maior, porque é do interesse de todas as quatro. E, também, porque a gente pensou que muitas das meninas que a gente conversa, tanto do nosso ano quanto de outros, queriam uma voz mais ativa. E também tem a questão de alguns preconceitos que estão acontecendo para tentar dar uma “educação” para os alunos, digamos assim, para tentar amenizar essas discriminações, principalmente o machismo.
